segunda-feira, agosto 07, 2006

Editorial 01/08/2006

Eu sou sócia da ADADesnível. Numa das minhas consultas aos meus links, decidi ir ver a página do meu clube. Foi aí que vi o último editorial e, depois de o ler, decidi partilhar no blog.

A "luta" entre a FPME e FCMP (nome mais recente) dura, há mais tempo do que consigo compreender. Para quem não anda informado e gostaria de saber mais, aqui ficam algumas questões pertinentes:



"Federação de Campismo - Para que servem anéis sem dedos?


A Federação de Campismo (FPC) continua a ser reconhecida pelo Estado como a Federação que tutela o Montanhismo e a Escalada, embora actualmente isso já não seja justificável, por diversas razões.Porque a esmagadora maioria dos seus quadros e clubes ligados a essas modalidades desportivas, deixaram de reconhecer essa federação e se juntaram, constituindo a Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada (FPME), e porque, embora com apoios do estado, a Federação de Campismo faça muito menos que a FPME pelo Montanhismo e escalada.

Mas porque é que o IDP continua a dar a tutela destes desportos à Federação de Campismo? O surgimento da FPME até poderia ter sido salutar para a Federação de Campismo, pois esta ganhou a oportunidade de passar a gastar a sua energia e dinheiro nas modalidades que realmente tem vindo a promover, que para além do Campismo e afins, poderei acrescentar o Pedestrianismo.Mas infelizmente a resposta da Federação de Campismo à sangria de clubes e quadros e ao aparecimento da FPME foi, por um lado, continuar a fazer pouco e mal pelas modalidades associadas ao Montanhismo, e por outro, agir agressivamente e tentar boicotar o trabalho desenvolvido pelos outros.

No entanto a reacção mais curiosa foi a alteração da designação desta federação. Enquanto os montanheiros estiveram nesta Federação nunca aceitaram incluir a designação de montanhismo, mas quando estes saíram fizeram essa alteração, passando a designar-se por Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP). Curioso! Costuma-se dizer “foram-se os anéis mas ficaram os dedos”, mas neste caso poderemos afirmar: “foram-se os dedos mas compraram os anéis”.

A Associação Desnível passou a estar com a FPME desde a sua fundação em 2002, mas isso não nos levou a hostilizar a Federação de Campismo. Infelizmente o contrário não se passou, tendo a Federação de Campismo agido de forma inadmissível em relação a muitos clubes, entre os quais a Associação Desnível. Refiro dois exemplos:

1 - A Desnível esteve na fundação da FPME. No entanto, manteve-se na Federação de Campismo porque sempre a reconheceu como representantes do Campismo e a Desnível tem alguns campistas. No entanto, numa atitude inexplicável a Federação de Campismo expulsou a Desnível de sua associada, tal como outros clubes.2 - A Desnível organizou em Junho uma prova do Circuito Nacional de Boulder em Oeiras, com a participação da maioria dos melhores escaladores portugueses. No mês seguinte estava agendada uma para Lisboa e em Setembro outra em Cascais. O sucesso da nossa iniciativa levou a Federação de Campismo a reagir da pior maneira, pressionando as autarquias para não colaborarem com a Desnível nessas organizações. Por coincidência, a poucas semanas da organização da prova de Lisboa, a Autarquia começou a colocar dificuldades que não estavam previstas, levando à sua anulação. Pouco depois a Federação de Campistas organizou uma prova em Lisboa com inscrições gratuitas e bons prémios monetários, mas os escaladores deram uma lição a esta Federação e não compareceram. Esperamos que a autarquia de Lisboa tenha aprendido com a situação caricata de ter apoiado uma competição com apenas 6 participantes, entre as quais não constava nenhum atleta de competição.
Mesmo sem qualquer apoio financeiro por parte do Estado, a FPME tem desenvolvido uma estratégia coerente para as modalidades e tem congregado o apoio incondicional dos seus filiados (que note-se são quase todos os clubes de Montanhismo e Escalada de Portugal).Pelo contrário a Federação de Campismo tem dinheiro, gasta os subsídios atribuídos pelo IDP que vêm dos nossos impostos, e a parte que destina aos desportos de montanha, tem um retorno desprezível. Uma das causas que afastou os montanheiros dessa federação foi que sistematicamente se gastava dinheiro com um grupo de pessoas que iam ou fazer formação fora, ou participar em eventos desportivos, mas que pouco ou nenhum retorno davam aos outros praticantes e clubes. Infelizmente isso continua! Comparemos por exemplo:
1 -
Quem pagou a formação dos monitores da Desnível na área do Canyoning? Os próprios.Qual o retorno para a Desnível? Um plano de formação com cursos regulares de nível I, II e III, abertos a todos os associados. Só este ano foram realizados dois cursos de nível I, três cursos de nível II, um curso de nível III e cinco estágios.Quantos percursos de canyoning já foram abertos e equipados pela Desnível ou pelos seus associados? A grande maioria dos existentes no continente e nos Açores e alguns na Madeira. Tudo sem um único apoio por parte do IDP.

Quem pagou a formação de técnicos e monitores de canyoning da Federação de Campismo?Qual o trabalho que tem desenvolvido em prol da modalidade?Quantos canyonings foram abertos e equipados pela Federação de Campismos ou pelos técnicos deles?Qual o seu plano de formação? Quantos formandos estão e estiveram envolvidos?
2 -
Quanto é que o IDP gastou nas competições regulares organizadas pela FPME. Nada.Quem realiza um campeonato regular de Escalada e Boulder? A FPMEQuem tem uma equipa a representar Portugal nas competições Internacionais? A FPME.
Quantas competições organizou a Federação de Campismo?Quantos participantes estiveram envolvidos?Qual foi o nível de dificuldade?Quanto dinheiro dos nossos impostos se desperdiçou?

3 -
Comparemos o plano de formação da Federação de Campismo com o de um clube, por exemplo o da Associação Desnível. Não é um exercício difícil, basta ir ao site de cada uma das instituições.

Tantos outros exemplos podiam ser aqui referidos.

Fico-me por um apelo dirigido ao Presidente do Instituto do Desporto de Portugal: analise os factos, ouça os praticantes destas modalidades e os clubes, não desperdice mais dinheiro e contribua para a promoção dos desportos de aventura como o Montanhismo, a Escalada e o Canyoning retirando a tutela à Federação de Campismo atribuindo-a à Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada. Cremos que chegou o momento de dar esse passo, pois a FPME está representada nas principais Instituições Internacionais da modalidade, como a UIAA e está prestes a terminar e entregar o processo de pedido de Federação de Utilidade Pública Desportiva.

Ou seja, em nome da Associação Desnível e, creio da esmagadora maioria dos montanheiros e escaladores, vimos solicitar que “atribua os anéis a quem tem os dedos.”

Francisco Silva Presidente da Associação Desportos de Aventura Desnível"

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

-Olá Kimie, espero que te estejas a divertir, sei que a Marisa está em Lx., não sei se contigo mas, no telefonema que lhe fiz um dia destes ela estava num restaurante chinês, ( uma marisqueira, em Lx.),. Uma beijoca para vocês e até um dia destes.
Jójó, Santo Tirso

19 outubro, 2007 20:41  
Anonymous Anónimo said...

ler todo o blog, muito bom

20 novembro, 2009 11:07  

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